Pesquisar este blog

terça-feira, 29 de junho de 2010

Rochas Ornamentais


1) CONCEITOS E DEFINIÇÕES
As rochas ornamentais e de revestimento, também conhecidas como pedras naturais, rochas lapídeas, rochas dimensionais e materiais de cantaria, abrangem os tipos litológicos que são extraídos em forma de blocos ou placas, cortados e beneficiados de diversas formas. Os campos de aplicação são inúmeros, indo de peças isoladas até o uso em massa nas edificações nos revestimentos internos e externos.
Quando se trata de produção, 80% desta nos dias de hoje, é transformada em chapas e ladrilhos para revestimentos, 15% destinada as peças funerárias e os outros 5% em áreas diferenciadas. Nos revestimentos 60% são os pisos, 16% fachadas externas, 14% interiores e 10% são os acabamentos. Os mármores representam cerca de 45% da produção do mercado mundial, 40% são os granitos, 5% são is quartzitos e similares e 5% as ardósias.

2) TIPOLOGIA
O comércio subdivide as rochas ornamentais em, basicamente, dois grupos: granitos (rochas silicáticas) e mármores (rochas carbonáticas). Mas também há alguns outros tipos litológicos que englobam os quartzitos, serpentinitos, travertinos e ardósias.
No processo de separação entre um granito e um mármore, existem dois procedimentos simples no qual risca-se com um canivete ou chave a pedra. Os granitos não são riscados já os mármores, incluindo os travertinos, são riscados e reagem com ácido clorídrico a 10% em volume, efervescendo tanto mais intensamente quanto maior o caráter calcítico (pode-se também, usa limão ao invés de ácido clorídrico). Enquanto os serpentinitos e as ardósias não efervescem ou muito pouco e assim como os mármores, podem ser riscados. Os quartzitos que se assemelham aos mármores, não são riscados e não efervescem.
As rochas isótropas são homogêneas e mais usadas para revestimento, rochas anisótropas são as movimentadas e geralmente utilizadas em peças isoladas. O padrão cromático é o mais levado em consideração na hora da qualificação comercial da rocha, pode ser de três tipos, clássica, comum ou excepcional.
Os produtos obtidos através da extração de blocos e serragem de chapas, que sofrem algum tipo de beneficiamento (polimento e lustro), são designados como rochas processadas especiais. E os produtos que são utilizados com as superfícies naturais em peças na calibradas, extraídos diretamente por delaminação mecânica de chapas na pedreira, são chamados de rochas processadas simples. As ardósias recebem nome especifico pois são comercializadas pela cor. Os serpentinitos tem seus produtos comercializados sob a designação de mármores verdes.

3) NOCÕES GERAIS DO BENEFICIAMENTO
O beneficiamento das rochas ornamentais refere-se ao desdobramento de materiais brutos, extraídos nas pedreiras em forma de blocos ou, em alguns casos específicos, em placas. A dimensão dos blocos varia de 5 a 10 m³, que são beneficiados sobretudo através da serragem (processo de corte) em chapas, por teares e talha blocos, para que no fim haja o acabamento para a dimensão final.
Para blocos grandes os teares são de melhor utilização, na produção de chapas de 2 e 3 cm de espessura. Os talha-blocos são indicados para blocos menores ou informes, anti-econômicos nos teares, na produção de chapas e tiras com 1 cm de espessura ou peças com mais de 3 cm (espessores).

4) ACABAMENTO DE SUPERFÍCIES
O acabamento final vem logo após a serragem, o processo dá-se através de levigamento, polimento e lustro, ou apicoamento e flameamento. O levigamento ou desbaste representa o afinuramento das chapas, com a criação de superfícies planares e paralelas. O polimento conduz o desbaste fino da chapa e o fechamento dos grãos minerais, criando uma superfície lisa, opaca e mais impermeável que a face natural da mesma rocha. O lustro é aplicado no sentido de se imprimir brilho à superfície da chapa, produzido pelo espelhamento das faces dos cristais constituintes da rocha.
Os processos são realizados por rebolos abrasivos, à base de carbureto de sílico e diamante, em diferentes granulometrias (mais grosso para o levigamento, e cada vez mais finos para o polimento e lustro final). O brilho define o resultado do polimento e do lustre, fechamento e espelhamento das chapas, podendo-se aferir o brilho através da acuidade visual ou com uso de aparelhos (glossmeter – medidores de brilho).
Concentrações de minerais máficos e sulfetos geram problemas de polimento nas chapas e alterabilidade mais acentuada nos produtos aplicados. Nódulos, pequenos diques e veios, geralmente em rochas homogêneas, geram problemas de padrão estético e pedras no esquadrejamento de chapas.
A tendência geral de evolução tecnológica para o beneficiamento e acabamento das rochas ornamentais, depende a automação de toda linha de equipamentos e pela melhor especificação dos materiais de consumo voltadas para a redução do tempo e custo das operações, assim como a melhoria da qualidade dos produtos.

Um comentário: