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terça-feira, 29 de junho de 2010

Mercado de tintas dobra previsão de vendas para 2010

SÃO PAULO 17/06/2010

A Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati) elevou a projeção de crescimento nas vendas de tintas no ano para 7,3%, ante previsão inicial de 3,5%. A instituição atribui a nova previsão às fortes vendas e às boas perspectivas para o segmento de tintas imobiliárias, automotivas (originais e de repintura) e para outros tipos de tintas industriais.
No primeiro semestre, as vendas do setor cresceram 15% em relação ao mesmo período de 2009, desempenho favorecido pela recuperação da economia e pela recomposição dos estoques no varejo.

As tintas imobiliárias, acompanhando o setor de construção civil, mantêm ritmo forte de vendas e a perspectiva de incremento de 8% nas vendas em 2010.

No ano passado, o índice ficou em apenas 0,7%. "A maior oferta de crédito, a expansão dos prazos de pagamento, o aumento da renda e a redução do desemprego contribuem para estimular a construção habitacional e as reformas", explicou o novo presidente do Conselho Diretivo da Abrafati, Antonio Carlos de Oliveira. Ele também destaca o aumento de crédito para financiamento de imóveis habitacionais e programas de incentivo do governo para construção de moradias, como o programa Minha Casa Minha Vida.

A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos no ano passado impulsionou as vendas de tintas automotivas originais e a tendência é de crescimento de 7% neste segmento, que deve alcançar o maior volume da história. Para as tintas de repintura automotiva, a previsão de crescimento também é da ordem de 7%.

Já para as tintas industriais e de manutenção, a previsão para 2010 é um pouco menor, estimada em 4%. Segundo Oliveira, alguns subsegmentos ainda sentem dificuldade, especialmente por conta da retração das exportações.

Por outro lado, projetos ligados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) devem ajudar as vendas de setores ligados à infraestrutura e energia. O executivo também citou o maior poder de compra das classes C, D e E, que, aliado a isenções de impostos, tem elevado a demanda por
bens de consumo como fogões, refrigeradores, computadores e móveis.

Fonte: http://oglobo.globo.com/

Pintura na Construção Civil


Na construção civil a pintura representa uma operação de grande importância, uma vez que as áreas pintadas são, normalmente, muito extensas, implicando num alto custo. Há uma tendência natural em considerar a pintura uma operação de decoração, porém, além de decorar e proteger o substrato, a tinta pode oferecer melhor higienização dos ambientes, servindo também para sinalizar, identificar, isolar termicamente, controlar luminosidade e podendo ainda ter suas cores utilizadas para influir psicologicamente sobre as pessoas.

À primeira vista, uma parede interna ou uma fachada bem acabada aparenta formar a base ideal para receber uma pintura, entretanto, a pintura sobre superfícies de reboco ou de concreto não é assim tão simples como parece, constituindo-se num problema onde os riscos e as dificuldades surgem em grande número. Os materiais de construção empregados na preparação e no acabamento das paredes são quimicamente agressivos, podendo, conseqüentemente, atacar e destruir as tintas aplicadas sobre elas.

Os materiais de alvenaria podem conter considerável quantidade de água, apresentar porosidade excessiva ou irregularmente distribuída, bem como sais minerais ou cal incorretamente carbonatada, estando sujeitos à degradação progressiva que terminará por reduzir ou destruir a firmeza destas paredes, e com elas o sistema de pintura empregado.

A alcalinidade das paredes pode provocar a saponificação das tintas formando manchas, com posterior amolecimento ou descascamento do filme.

A presença de água pode promover o aparecimento de bolhas e impedir a aderência das películas, além de favorecer a formação de mofo.

A porosidade irregular pode causar variações no brilho, na cor ou prejudicar a aderência da tinta.

A presença de sais minerais pode causar a formação de depósitos cristalinos, descascamento, empolamento, etc.


O resultado final de um sistema de pintura é o produto direto do adequado preparo da superfície:

• a superfície deverá estar firme, limpa, seca, isenta de poeira, gordura, sabão, mofo, etc.;

• todas as partes soltas ou mal aderidas devem ser eliminadas através de raspagem ou escavação da superfície;

• imperfeições profundas das paredes devem ser corrigidas com massa acrílica em superfícies externas ou internas ou com massa PVA em superfícies internas;

• manchas de gordura ou graxa devem ser eliminadas com água e detergentes;

• paredes mofadas devem ser raspadas e a seguir lavadas com uma solução de água e água sanitária (1:1) e a seguir lavadas e enxaguadas com água potável;

• no caso de repintura sobre superfícies brilhantes, o brilho deve ser eliminado com uma lixa fina.


Além desses cuidados, outras considerações devem ser levadas em conta em relação à superfície que será pintada:


Concreto e reboco - aguardar pelo menos 30 dias para cura total. Sobre rebocos fracos, deve-se aplicar o fundo preparador de paredes para aumentar a coesão das partículas da superfície, evitando problemas de má aderência e descascamento. Quando essas superfícies tiverem absorções diferenciadas, deverá ser aplicado um selador acrílico pigmentado para uniformizar a absorção. O concreto deve estar seco, limpo, isento de pó, sujeira, óleo e agentes desmoldantes. Cimento amianto - é uma superfície altamente alcalina, sendo indicada a aplicação de um fundo resistente à alcalinidade para selar a superfície. Este procedimento não é necessário se for utilizado látex acrílico, que tem excelente resistência à alcalinidade.


Pisos - só podem ser pintados os tipos porosos, pois pisos vitrificados (concreto liso, ladrilhos, etc.) não proporcionam boa aderência. O piso deverá estar limpo e seco, isento de impregnações (óleo, graxa, cera, etc.). Pisos de concreto liso (cimento queimado) devem ser submetidos a um tratamento prévio com solução de ácido muriático e água (1:1), que terá a finalidade de abrir porosidade na superfície. Após esse tratamento, o piso deve ser enxaguado, seco e então pintado. O tratamente com ácido muriático é ineficaz sobre pisos de ladrilhos vitrificados.


Madeira - deve ser limpa, aparelhada, seca e isenta de óleos, graxas, sujeiras ou outros contaminantes. Madeiras resinosas ou áreas que contém nós devem ser seladas com verniz. Um procedimento aconselhável é selar a parte traseira e os cantos da madeira antes de instalá-la, para evitar a penetração de umidade por esse lado. Uma cuidadosa vedação de furos, frestas, junções é necessária para prevenir infiltrações de água de chuva.


Ferro e aço - materiais muito vulneráveis à corrosão. Devem ser removidos todos os contaminantes que possam interferir na aderência máxima do revestimento, inclusive a ferrugem; o processo de preparo depende do tipo e concentração dos contaminantes e as exigências específicas de cada tipo de tinta. Alguns tipos de tinta têm uma boa aderência somente quando a superfície é preparada com jateamento abrasivo, que produz um perfil rugoso adequado para a perfeita ancoragem do revestimento.


Alumínio - é um metal facilmente atacado por ácidos ou álcalis, e sua preparação deve constar de uma limpeza com solventes para eliminar óleo, gordura, graxas, ou outros contaminantes. Aplicar inicialmente um primer de ancoragem para garantir uma perfeita aderência do sistema de pintura.


Ferro galvanizado - é um metal ferroso com uma camada de zinco, usado para dar proteção à corrosão por mecanismos físicos e químicos, portanto, não é o ferro que será pintado, mas sim zinco, que é um metal alcalino. As superfícies galvanizadas devem ser limpas, secas e livres de contaminantes. Um primer específico para este tipo de superfície, também denominado primer de aderência, deve ser aplicado inicialmente.


Superfícies emassadas - são, em sua maioria, muito absorventes e sujeitas à contaminação pela poeira residual, proveniente da operação de lixamento. Para garantir boa aderência do acabamento a ser aplicado, é fundamental, após o lixamento, a máxima remoção do pó residual produzido. Em seguida, deve ser aplicado um selador tipo incolor, que penetrará e selará a massa. A própria tinta de acabamento poderá ser utilizada diretamente sobre a superfície emassada, desde que a 1ª demão, servindo de seladora, seja aplicada com maior diluição. Acabamentos à base de água devem ser diluídos, como regra, de 50 a 100% por volume. Acabamentos à óleo ou sintéticos devem ser diluídos na condição máxima recomendada, conforme o método de aplicação e solvente.


Superfícies mofadas - devem ser cuidadosamente limpam, com a total destruição destas colônias. Para tanto, deve-se escovar a superfície, e, a seguir, lavá-la com uma solução de água potável e água sanitária (1:1), deixando agir por cerca de 30 minutos, após o que a superfície deve ser novamente lavada com água potável, aguardando a completa secagem antes de iniciar a pintura.


Superfícies caiadas - não oferecem boa base para pintura, tornando-se necessário uma raspagem completa seguida de aplicação do fundo preparador de paredes. Superfícies já pintadas - quando a superfície estiver em boas condições, será suficiente limpá-la bem, após um lixamento, e a seguir aplicar as tintas de acabamento escolhidas. Quando em má condições, a tinta antiga deve ser completamente removida e a seguir deve-se proceder como se fosse superfície nova.


Fonte: Catálogo técnico "Pintura na Construção Civil", da Akzo Nobel.

CAL


É o produto obtido pela calcinação de rochas calcárias a temperaturas elevadas.
Existem três tipos de cales: cal aérea (cal virgem e cal hidratada) e a cal hidráulica.


Cal Virgem


É o aglomerante resultante da calcinação de rochas calcárias (CaCO3) numa temperatura inferior a de fusão do material (850 a 900 0C).



Além das rochas calcárias, a cal também é obtida de resíduos de ossos e conchas de animais.
O fenômeno ocorrido na calcinação do calcário é o seguinte:


Ca CO3 + calor (900 0C) -> Ca O + CO2


Calcário + calor -> cal virgem + gás carbônico

O produto que se obtém com a calcinação do carbonato de cálcio recebe o nome de cal virgem, ou cal viva (CaO), que ainda não é o aglomerante usado em construção. O óxido deve ser hidratado para virar hidróxido de cálcio Ca(OH)2 denominado de cal extinta ou cal queimada.

CaO + H2O => Ca (OH)2

Cal virgem + água => Cal extinta + calor

O processo de hidratação da cal virgem é executado no canteiro de obras. As pedras são colocadas em tanques onde ocorre a sua extinção ao se misturarem com a água. O fenômeno de transformação de cal virgem em cal extinta é exotérmico, isto é, se dá com grande desprendimento de calor (250 cal/g, podendo em alguns casos a temperatura atingir 400 0C), o que torna o processo altamente perigoso.
Após a hidratação das pedras, o material deverá descansar por 48 horas no mínimo, antes de ser utilizado na obra.
As argamassas de cal, inicialmente, têm consistência plástica, mas endurecem por recombinação do hidróxido com o gás carbônico, presente na atmosfera (daí o nome cal aérea), voltando ao seu estado inicial de carbonato de cálcio.

Ca (OH)2 + CO2 -> CaCO3 + H2O


Cal extinta + gás carbônico -> Carbonato de cálcio + água


A cal viva ou cal virgem é distribuída no comércio em forma de pedras, como saem do forno ou mesmo moídas e ensacadas.

Cal Hidratada


Cal hidratada é um produto manufaturado que sofreu em usina o processo de hidratação. É apresentada como um produto seco, na forma de um pó branco de elevada finura. A cal é encontrada no mercado em sacos de 20 kg.


A cal hidratada oferece sobre a cal virgem algumas vantagens, entre elas:


• maior facilidade de manuseio, por ser um produto pronto, eliminando do canteiro de obras a operação de extinção;
• maior facilidade de transporte e armazenamento.


Cal Hidráulica

Este tipo de cal é um aglomerante hidráulico, ou seja endurece pela ação da água, e foi muito utilizado nas construções mais antigas, sendo posteriormente, substituído pelo cimento Portland.


Aplicação da Cal

A cal pode ser utilizada como único aglomerante em argamassas para assentamento de tijolos ou revestimento de alvenarias ou em misturas para a obtenção de blocos de solo/cal, blocos sílico/calcário e cimentos alternativos.
Durante muito tempo a cal foi largamente empregada em alvenarias, que vêm atravessando muitos séculos de vida útil. Atualmente o maior emprego da cal se dá, misturada ao cimento Portland.
Por causa da elevada finura de seus grãos (2 μm de diâmetro), e conseqüente capacidade de proporcionar fluidez, coesão (menor suscetibilidade à fissuração) e retenção de água, a cal melhora a qualidade das argamassas. A cal confere uma maior plasticidade as pastas e argamassas, permitindo que elas tenham maiores deformações, sem fissuração, do que teriam com cimento Portland somente. As argamassas de cimento, contendo cal, retêm mais água de amassamento e assim permitem uma melhor aderência.
A cal também é muito utilizada, dissolvida em água para pinturas, na proporção de mais ou menos 1,3 gramas por litro de água. A esta solução chama-se nata de cal e sua utilização é conhecida como caiação. As tintas de cal, além do efeito estético, têm, também, efeito asséptico, devido a sua alta alcalinidade (PH alto).

GESSO



Dos aglomerantes utilizados na construção civil, o gesso é o menos utilizado no Brasil. No entanto, ele apresenta características e propriedades bastante interessantes, dentre as quais, pode-se citar o endurecimento rápido, que permite a produção de componentes sem tratamento de aceleração de endurecimento. A plasticidade da pasta fresca e a lisura da superfície endurecida são outras propriedades importantes. Materiais de Construção – Araujo, Rodrigues & Freitas 22
O gesso é um aglomerante de pega rápida, obtido pela desidratação total ou parcial da gipsita, seguido de moagem e seleção em frações granulométricas em conformidade com sua utilização. A gipsita é constituída de sulfato de cálcio mais ou menos impuro, hidratado com duas moléculas de água. As rochas são extraídas das jazidas, britadas, trituradas e queimadas em fornos.


CaSO4 + 2H2O

De acordo com a temperatura do forno o sulfato de cálcio bi-hidratado se transforma em três diferentes substâncias:


1ª Fase - gesso rápido ou gesso estuque


(CaSO4 + 2H2O) + calor = 150 0C -> (CaSO4 + ½ H2O)

2ª Fase - gesso anidro solúvel


(CaSO4 + 2H2O) + 150 0C <> CaSO4

3ª Fase - gesso anidro insolúvel

(CaSO4 + 2H2O) + Calor > 300 0C -> CaSO4

O gesso é um aglomerante de baixo consumo energético. Enquanto a temperatura para processamento do cimento Portland é da ordem de 1450 0C, a da cal entre 800 e 1000 0C, a do gesso não ultrapassa 300 0C.
As propriedades aglomerantes do gesso devem-se à hidratação do sulfato de cálcio semi-hidratado e do sulfato de cálcio solúvel que reconstituem o sulfato de cálcio bi-hidratado.


Aplicações do Gesso

Devido a sua principal característica, o rápido endurecimento, o gesso presta-se à moldagem. Quanto a suas principais aplicações destacam-se:
• material de revestimento (estuque);
• placas para rebaixamento de teto (forro);
• painéis para divisórias;
• elementos de ornamentação, como: sancas, florões, e etc.

Rochas Ornamentais


1) CONCEITOS E DEFINIÇÕES
As rochas ornamentais e de revestimento, também conhecidas como pedras naturais, rochas lapídeas, rochas dimensionais e materiais de cantaria, abrangem os tipos litológicos que são extraídos em forma de blocos ou placas, cortados e beneficiados de diversas formas. Os campos de aplicação são inúmeros, indo de peças isoladas até o uso em massa nas edificações nos revestimentos internos e externos.
Quando se trata de produção, 80% desta nos dias de hoje, é transformada em chapas e ladrilhos para revestimentos, 15% destinada as peças funerárias e os outros 5% em áreas diferenciadas. Nos revestimentos 60% são os pisos, 16% fachadas externas, 14% interiores e 10% são os acabamentos. Os mármores representam cerca de 45% da produção do mercado mundial, 40% são os granitos, 5% são is quartzitos e similares e 5% as ardósias.

2) TIPOLOGIA
O comércio subdivide as rochas ornamentais em, basicamente, dois grupos: granitos (rochas silicáticas) e mármores (rochas carbonáticas). Mas também há alguns outros tipos litológicos que englobam os quartzitos, serpentinitos, travertinos e ardósias.
No processo de separação entre um granito e um mármore, existem dois procedimentos simples no qual risca-se com um canivete ou chave a pedra. Os granitos não são riscados já os mármores, incluindo os travertinos, são riscados e reagem com ácido clorídrico a 10% em volume, efervescendo tanto mais intensamente quanto maior o caráter calcítico (pode-se também, usa limão ao invés de ácido clorídrico). Enquanto os serpentinitos e as ardósias não efervescem ou muito pouco e assim como os mármores, podem ser riscados. Os quartzitos que se assemelham aos mármores, não são riscados e não efervescem.
As rochas isótropas são homogêneas e mais usadas para revestimento, rochas anisótropas são as movimentadas e geralmente utilizadas em peças isoladas. O padrão cromático é o mais levado em consideração na hora da qualificação comercial da rocha, pode ser de três tipos, clássica, comum ou excepcional.
Os produtos obtidos através da extração de blocos e serragem de chapas, que sofrem algum tipo de beneficiamento (polimento e lustro), são designados como rochas processadas especiais. E os produtos que são utilizados com as superfícies naturais em peças na calibradas, extraídos diretamente por delaminação mecânica de chapas na pedreira, são chamados de rochas processadas simples. As ardósias recebem nome especifico pois são comercializadas pela cor. Os serpentinitos tem seus produtos comercializados sob a designação de mármores verdes.

3) NOCÕES GERAIS DO BENEFICIAMENTO
O beneficiamento das rochas ornamentais refere-se ao desdobramento de materiais brutos, extraídos nas pedreiras em forma de blocos ou, em alguns casos específicos, em placas. A dimensão dos blocos varia de 5 a 10 m³, que são beneficiados sobretudo através da serragem (processo de corte) em chapas, por teares e talha blocos, para que no fim haja o acabamento para a dimensão final.
Para blocos grandes os teares são de melhor utilização, na produção de chapas de 2 e 3 cm de espessura. Os talha-blocos são indicados para blocos menores ou informes, anti-econômicos nos teares, na produção de chapas e tiras com 1 cm de espessura ou peças com mais de 3 cm (espessores).

4) ACABAMENTO DE SUPERFÍCIES
O acabamento final vem logo após a serragem, o processo dá-se através de levigamento, polimento e lustro, ou apicoamento e flameamento. O levigamento ou desbaste representa o afinuramento das chapas, com a criação de superfícies planares e paralelas. O polimento conduz o desbaste fino da chapa e o fechamento dos grãos minerais, criando uma superfície lisa, opaca e mais impermeável que a face natural da mesma rocha. O lustro é aplicado no sentido de se imprimir brilho à superfície da chapa, produzido pelo espelhamento das faces dos cristais constituintes da rocha.
Os processos são realizados por rebolos abrasivos, à base de carbureto de sílico e diamante, em diferentes granulometrias (mais grosso para o levigamento, e cada vez mais finos para o polimento e lustro final). O brilho define o resultado do polimento e do lustre, fechamento e espelhamento das chapas, podendo-se aferir o brilho através da acuidade visual ou com uso de aparelhos (glossmeter – medidores de brilho).
Concentrações de minerais máficos e sulfetos geram problemas de polimento nas chapas e alterabilidade mais acentuada nos produtos aplicados. Nódulos, pequenos diques e veios, geralmente em rochas homogêneas, geram problemas de padrão estético e pedras no esquadrejamento de chapas.
A tendência geral de evolução tecnológica para o beneficiamento e acabamento das rochas ornamentais, depende a automação de toda linha de equipamentos e pela melhor especificação dos materiais de consumo voltadas para a redução do tempo e custo das operações, assim como a melhoria da qualidade dos produtos.

PENEIRAS GRANULOMÉTRICAS


Peneiras granulométricas redondas para ensaios de laboratório.
As peneiras granulométricas redondas são fabricadas em aço inoxidável tanto seu caixilho como a malha, disponíveis nos tamanhos: Ø 300x100mm, Ø 3”x1”, 3”x2”, Ø 5”x2”, Ø 8”x1”, Ø 8”x2”.

Granulometria

O controle granulométrico tem como finalidade determinar a distribuição granulométrica de uma amostra de material (verificar se está condizente com a especificação requerida pelo fornecedor) e avaliar a classificação realizada por um equipamento de peneiração. A operação de avaliação da granulometria de uma amostra é feita com auxílio de agitadores.


Granulometria

É o estudo ou determinação das dimensões das partículas sedimentares. Os estudos granulométricos servem para determinar a distribuição percentual das várias frações granulométricas de um sedimento, sendo importante elemento de diagnose das condições de transporte e sedimentação prevalecente no momento de sua deposição.
Em sedimentologia há várias escalas granulométricas, sendo que a mais utilizada a Escala de Wentworth.

Intervalo granulométrico (mm) - Nome
>256 - Matacão
256 a 64 - Bloco ou Calhao
64 a 4,0 - Seixo
4,0 a 2,0 - Grânulo
2,0 a 1,0 - Areia muito grossa
1,0 a 0,50 - Areia grossa
0,50 a 0,250 - Areia média
0,250 a 0,125 - Areia fina
0,125 a 0,062 - Areia muito fina
0,062 a 0,031 - Silte grosso
0,031 a 0,016 - Silte médio
0.016 a 0,008 - Silte fino
0,008 a 0,004 - Silte muito fino
<0,004 - Argila

Observação: Na natureza, muito dificilmente encontramos sedimentos clásticos totalmente esféricos, portanto as dimensões dadas na coluna referem-se ao diâmetro maior. O nome Argila tem duas conotações importantes na Geologia: tanto se refere a uma granulometria muito fina (<0,004 mm) como a um grupo importante de minerais, também conhecidos como Argilo-minerais. Da mesma forma alguns autores, principalmente nas Engenharias, referem-se a Areia como sinônimo de grãos de quartzo, na medida que a grande maioria dos grãos da fração Areia é deste mineral.


Ensaio de Granulometria


O ensaio de granulometria é o processo utilizado para a determinação da percentagem em peso que cada faixa especificada de tamanho de partículas representa na massa total ensaiada.
Através dos resultados obtidos desse ensaio é possível a construção da curva de distribuição granulométrica, tão importante para a classificação dos solos bem como a estimativa de parâmetros para filtros, bases estabilizadas, permeabilidade, capilaridade etc.
A determinação da granulometria de um solo pode ser feita apenas por peneiramento ou por peneiramento e sedimentação, se necessário.
Tem como objetivo proceder a realização do ensaio de granulometria através do peneiramento e sedimentação com a finalidade de obter a curva granulométrica de um solo.

Agregados reciclados serão obrigatórios em pavimentação


Entulho reciclado

A utilização de agregados reciclados em obras e serviços de pavimentação das vias públicas do município de SP será obrigatóriaEntulho reciclado será obrigatório em pavimentação em SP.

A utilização de agregados reciclados em obras e serviços de pavimentação das vias públicas do município será obrigatória. É o que determina o decreto da Prefeitura de São Paulo, medida que combate o descarte ilegal de entulho em ruas e praças, criando locais mais apropriados para esse rejeito. A medida se justifica pelo grande volume de produtos e subprodutos de mineração usados em obras de pavimentação e serviços contratados pelo poder público.

A cidade de São Paulo gera cerca de 17 mil toneladas de entulho diariamente. Nos três aterros de inertes contratados pela Prefeitura são recebidas cerca de 3,8 mil toneladas de entulho, levadas por empresas cadastradas no Departamento de Limpeza Urbana (Limpurb) e pela própria Prefeitura. A reciclagem e posterior reutilização de resíduos sólidos da construção civil permitirão significativa economia de matéria-prima, gerando, entre outros, benefícios ambientais."Só temos ganhos", diz Valdecir Papazissis, coordenador do Núcleo Gestor de Entulho da Limpurb. "Reciclando este material, evitamos gastar com aterros. Tudo isso, é ambientalmente correto, pois reduz uso material virgem da natureza e custos com obras".

O decreto prevê que, em no máximo 180 dias, contados a partir da data da publicação do decreto, as contratações de obras e serviços de pavimentação de vias deverão contemplar em seus projetos, em caráter preferencial, o emprego dos agregados reciclados. Após esse prazo, esses projetos deverão obrigatoriamente prever o uso de materiais reciclados. Estão dispensados do cumprimento das disposições deste decreto obras e serviços de pavimentação de vias executados em caráter emergencial, ou quando a utilização dos agregados reciclados seja tecnicamente inviável. Na ausência de material com as características apontadas no mercado, também é dispensada a obrigatoriedade do uso de material reciclado. Em todos esses casos, o não-emprego dos agregados reciclados deverá ser justificado por meio de estudo técnico que demonstre a inviabilidade de atendimento dos critérios estabelecidos.

Os agregados reciclados a serem empregados na pavimentação das vias públicas deverão seguir os critérios estabelecidos pelas normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), obedecendo ainda às disposições constantes da Especificação Técnicas de Serviços ETS no 001/2003 - camadas de reforço do subleito, sub-base e base mista de pavimentação com agregado reciclado de resíduos sólidos na construção civil -, publicadas no Diário Oficial da Cidade em março de 2003. A forma mais simples de reciclagem do entulho é seu uso na pavimentação de ruas. Os resíduos também podem ser utilizados em concreto não estrutural, argamassa de assentamento e revestimento, preenchimento de valas de instalações e como cascalho de estradas.

Entulho tratado

Outra medida é o lançamento, pela secretaria de Serviços, de um edital para a contratação de cinco aterros, um para cada região da cidade, que está em andamento. Nele está previsto que cada aterro mantenha uma máquina recicladora para o reaproveitamento de inertes. Com isso, as subprefeituras poderão utilizar o material sem custos para a Prefeitura. Atualmente, são gastos cerca de três milhões de reais mensalmente para recolher, transportar, transbordar e destinar os resíduos inertes. Como forma de minimizar a disposição ilegal do entulho a prefeitura está ampliando áreas para descarte de inertes, na forma de Ecopontos e Áreas de Transbordo e Triagem (ATTs) particulares.

A cidade conta com sete Ecopontos, pequenas áreas de destinação de resíduos de construção civil, móveis velhos e podas de árvores, e sete ATTs, planejadas para receber entulho de grandes geradores privados. Em algumas das ATTS o material coletado é reciclado e comercializado. Essas medidas da prefeitura vão ao encontro de políticas públicas vigentes em outros países, que reciclam boa parte do entulho que seria descartado. Nos Estados Unidos há cerca de 3,5 mil unidades de reciclagem de resíduos de construção e demolição (cerca de 25% do entulho é reciclado). Na Europa, a média de reciclagem de entulho é de 28%. Na Holanda, essa taxa chega a 90%.A coleta do resíduo de construção e demolição é um negócio estabelecido, com um grande número de empresas privadas, trabalhando tanto para as prefeituras quanto para a iniciativa privada. O transporte e a deposição de parte desses resíduos oneram os cofres municipais.

A reciclagem dos resíduos de construção para a produção de agregados torna-se uma opção interessante. A pavimentação com agregados reciclados, usados em camadas de base, sub-base ou reforço do subleito de pavimento em substituição aos materiais convencionais, com enfoque em vias urbanas, já vem sendo amplamente realizada em alguns países.


Fonte: http://www.piniweb.com.br/construcao/noticias/

AGREGADOS



OFERTA MUNDIAL
Agregados são materiais granulares, sem forma e volume definidos, de dimensões e propriedades para uso em obras de engenharia civil. Consideram-se agregados a pedra britada, o cascalho e as areias naturais ou obtidas por moagem de rocha, além das argilas e dos substitutivos como resíduos inertes reciclados, escórias de aciaria, produtos industriais, entre outros. Os agregados são, em geral, abundantes no Brasil e no mundo. No Brasil, os grandes centros consumidores, representados pelas regiões metropolitanas, estão, geralmente, localizados em áreas geologicamente favoráveis a reservas de boa qualidade. As rochas utilizadas para produção de brita são, fundamentalmente, granitos e gnaisses, seguidos por calcários, dolomitos, basaltos e diabásios, normalmente utilizados em regiões em que os primeiros não são abundantes. Os principais locais de produção de areia são várzeas e leitos de rios, depósitos lacustres e mantos de decomposição de rochas. No Brasil, a utilização de depósitos de areia e cascalhos marinhos está restrita ao controle da erosão e reconstrução praial, muito embora estes recursos já sejam amplamente utilizados como agregados para construção em países da Europa e Ásia.
Os agregados são os materiais de construção mais utilizados no mundo. Em 16 países europeus é registrado o consumo médio de 511t por habitante em toda a sua vida ou de 6-10t/habitante/ano. Nos EUA a taxa é de 8t/habitante/ano. Quando se reporta ao estado de São Paulo e a Região Metropolitana de São Paulo, para fim de comparação, as taxas avançam para 3,5t/ha/ano e 4,2t/ha/ano, respectivamente.
A mineração de agregados para a construção civil gera grandes volumes de produção, apresenta beneficiamento simples, baixo preço unitário e necessita ser produzido no entorno do local de consumo, geralmente áreas urbanas, devido à alta participação do transporte no custo final. O transporte responde por cerca de 1/3 do custo final da areia, e 2/3 do preço final da brita. Este setor é o segmento da indústria mineral que comporta o maior número de empresas e trabalhadores e o único a existir em todos os estados brasileiros.
Atualmente o setor mineral discute o problema da disponibilidade desses recursos, principalmente aqueles localizados dentro ou no entorno dos aglomerados urbanos. A possibilidade de exploração destes bens minerais vem declinando em virtude do inadequado planejamento urbano e territorial, de problemas de sustentabilidade ambiental, de zoneamentos restritivos e de usos competitivos do solo, tornando preocupantes as perspectivas de garantia de suprimento futuro. As reservas de areia e brita no Brasil são estimadas em 2,7 bilhões de toneladas e 12 bilhões de toneladas respectivamente. Tais números foram obtidos pelo cálculo das densidades de areia e rochas britadas: areia equivale a 1,64t/m³ e brita equivale a 1,80t/m³, de acordo com o Anuário Mineral Brasileiro do DNPM.


EXPORTAÇÃO
Não há exportação de agregados devido ao custo do transporte, pois os mesmos devem ser produzidos nas proximidades dos centros consumidores para que sejam viáveis comercialmente.

CONSUMO
O maior mercado consumidor de rocha britada no país permanece sendo São Paulo. O Rio Grande do Sul e Santa Catarina elevaram sua participação relativa, deslocando os mercados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, os quais entre 2003 e 2006 ocupavam alternadamente a segunda e a terceira posição. Os valores de produção declarados no RAL ano-base 2007 para a rocha britada beneficiada indicam um crescimento acumulado de 46% e de 31%, respectivamente, sobre o ano base de 2005 para os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em Santa Catarina, a produção de rocha britada elevou-se em 1,8 milhão de m3 em relação a 2005. Para o país, considerando o ano base de 2005, o valor declarado no RAL em 2007 cresceu 13%. Parte significativa do crescimento da rocha britada em Santa Catarina deveu-se as obras de duplicação da BR 101. As declarações do RAL 2007 ainda estão sendo analisadas, mas a indicação de crescimento é coerente com a evolução da economia em 2007.
Setorialmente, em 2007 a construção civil demandou 66% do consumo de rocha britada beneficiada, a construção/manutenção de estradas 15%, a pavimentação asfáltica 4%, e os artefatos de cimento 3,5%. O setor de construção civil absorveu 46% da rocha britada bruta, sendo seguido pelo setor de construção/manutenção de estradas com 22% e pavimentação asfáltica 7%. O grande setor consumidor de areia é o setor de construção civil. Os dados de produção declarados no RAL ano base 2007 para a areia ainda estão em análise. Entretanto, espera-se um crescimento da produção acompanhando a rocha britada.


PROJETOS EM ANDAMENTO E/OU PREVISTOS
As expectativas para 2008 a 2010 são bastante otimistas pela possibilidade de geração de resultados decorrentes da implementação das obras do PAC, iniciadas em 2007. Obras que contemplam os setores de infra-estrutura de transportes e habitação inclusive. Setores consagrados como consumidores de materiais agregados em uma ampla variedade de aplicações em edificações, construção e manutenção de estradas de rodagem, aeroportos, barragens, obras de saneamento e fundações.
Entre as ações, o plano vai significar a construção, adequação, a duplicação e recuperação, de 45 mil km de estradas; 2.518 km de ferrovias, a ampliação de 12 portos e 20 aeroportos. Uma intervenção importante é a pavimentação de 1.024 quilômetros da BR-163, no trecho entre Guarantã do Norte (MT), Rurópolis e Santarém (PA). Está em andamento a duplicação da BR-101 no Nordeste, para um total de 405 km em vários trechos; e da BR-230 na PB, num total de 112 km. Na Região Sul, a BR 101 está sendo duplicada num total de 337,5 km. Entre as obras de construção e pavimentação em andamento, encontram-se a BR-135 (183 km, na BA); a BR-319 (343 km, no AM); a BR-230 (579 km, no PA); a BR-282 (133 km, SC), e o trecho sul do Rodoanel em SP (61,5 km). Para a área de habitação serão destinados R$ 106,3 bilhões ao longo de 4 anos, beneficiando quatro milhões de famílias. Assinala-se que existe no Brasil uma forte demanda reprimida por agregados, oriunda de um déficit habitacional em 7,9 milhões de moradias. Para urbanização de favelas, foram selecionados 544 projetos em todo o país, com 723 mil famílias beneficiadas (R$ 10,7 bilhões de investimentos) e 6,4% de obras já iniciadas.

OUTROS FATORES RELEVANTES
Um projeto multidisciplinar desenvolvido pelas instituições USP, CETEM e UFAL deu origem a um método inovador com o reaproveitamento de entulho de construção para a produção de areia e rochas britadas de alto desempenho mecânico, que podem ser utilizados em concreto estrutural para construção de casas e edifícios, exceto em pontes. A areia e a brita geradas pelo estudo têm características bem superiores ao agregado reciclado, atualmente empregado na pavimentação de ruas e estradas, que é produzido por usinas de reciclagem no país, o qual é impróprio para uso em concreto estrutural. Para o beneficiamento do entulho, os resíduos foram separados de acordo com as características físicas e químicas, tendo o método sido testado com diferentes tipos de entulho, com amostras coletadas em aterros de São Paulo, Rio de Janeiro, Macaé (RJ) e Maceió (AL). Com esse estudo, abre-se a possibilidade de se expandir no País o mercado de reaproveitamento dos resíduos de construção civil e demolição, os quais poderão ser utilizados também em concreto estrutural, sendo este um caminho para aumentar a sustentabilidade do setor da construção civil e uma alternativa para reduzir o depósito dos restos em aterros e rios e a extração de agregados, já bastante dificultada tanto pelas restrições ambientais quanto pela urbanização no entorno das minas.
A controvertida Resolução CONAMA n.º 369/2006 dispôs sobre os casos excepcionais de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em Áreas de Preservação Permanente – APP’s. Criou distinção entre bens minerais, definindo aqueles de utilidade pública (a maioria dos minerais) e de interesse social (areia, argila, cascalho e saibro), diferenciando suas possibilidades de intervenção em APP’s, excluindo para os últimos a possibilidade de sua extração em determinados locais, especialmente próximos de nascentes, veredas, manguezais e dunas. Introduziu ainda algumas regras de conduta que podem vir a prejudicar muito o segmento de rochas para construção civil, ao condicionar à extração destas rochas a existência de planos de ordenamento territorial municipal, ou seja, planos diretores de mineração e leis de uso e ocupação do solo, sob pena da atividade ser admitida somente até 28/03/2009, quando na inexistência desses documentos, será proibida. Fato preocupante é que 73% dos municípios brasileiros, por terem população inferior a 20 mil habitantes, não estão obrigados, constitucionalmente, a elaborar planos diretores municipais.
Em Portaria do Diretor-Geral do DNPM, publicada no DOU de 27/11/2007, a tonelada foi adotada como unidade de medida padrão obrigatória para as informações sobre agregados para a construção civil. Essa medida torna as estatísticas brasileiras compatíveis com as de outros países.
Continua em ascensão o mercado de areia de brita para utilização em concreto e argamassa, impulsionado pela crescente escassez da areia natural, por bloqueio de jazidas, devido tanto a desordenada ocupação urbana quanto pelas restrições impostas pela legislação ambiental, fazendo com que os pós de pedra deixem sua antiga condição de rejeito.

Normalização - Normas Técnicas

1) A importância das Normas Técnicas
Desde que o primeiro comitê técnico da International Organization for Standardization (ISO) foi instalado, para padronizar ranhuras em parafusos e assim evitar desperdícios de material e dinheiro na Segunda Guerra Mundial, a entidade não parou mais, lançando-se à normalização de produtos que hoje fazem parte do cotidiano da maioria dos habitantes do planeta, como cartões de crédito, teclado de computador e o sistema GSM de telefones celulares.Por sinal, no Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas já se dedicava a esta atividade desde 1940 e nestes 67 anos tem oferecido enorme contribuição para o desenvolvimento do País. Em 2004, publicou a norma ABNT NBR 16001, que oferece requisitos para Sistema de Gestão de Responsabilidade Social, que reforçou sua indicação para coordenar, com a Suécia, a elaboração da futura norma ISO 26000.

2) O processo de criação de uma Norma
São elaboradas em sete passos básicos: 1° - A sociedade manifesta a necessidade de uma norma; 2° - O Comitê Brasileiro (CB) analisa e inclui no seu programa de Normalização Setorial; 3° - É criada uma Comissão de Estudo (CE) com a participação voluntária dos diversos segmentos da sociedade (produtores, consumidores e neutros); 4° - A Comissão de Estudo elabora um Projeto de Norma; 5° - O Projeto de Norma é submetido à votação nacional entre os associados da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e demais interessados; 6° - As sugestões recebidas após a votação são analisadas pela Comissão de Estudo, em seguida é aprovada como Norma Brasileira; 7° - Finalmente a Norma Brasileira é impressa.

3) O processo de avaliação de uma nova tecnologia para a qual não existe norma especificas
As normas técnicas desenvolvidas sobre um novo produto ou serviço, deverão ser feitas apenas após a sociedade ter opinião formada sobre o mesmo à um determinado tempo como alguns anos. Mesmo que não haja normas, uma nova tecnologia não pode deixar de ser comprada ou até mesmo usada, pois isso acarretaria o retardamento do desenvolvimento da indústria.

4) Certificação de um produto
Consiste na emissão de marcas e certificados de conformidade para as empresas que demonstram que um produto, serviço ou sistema de gestão atende às Normas aplicáveis, sejam nacionais, estrangeiras ou internacionais. O processo de certificação envolve uma entidade certificadora que atesta que determinado produto, processo ou empresa cumpre determinada norma técnica.

Novos Materiais na Indústria da Construção Civil

O programa Habitare, da FINEP, em 2003, desenvolveu uma série de pesquisas para a obtenção de resultados que possam auxiliar na redução dos custos e melhoria da qualidade da habitação de interesse social. Tais pesquisas geraram materiais alternativos produzidos a partir do reaproveitamento de resíduos, processos de gerenciamento e redução de desperdício na construção civil. Entre os produtos alternativos haviam estudos para o reaproveitamento de fibras vegetais em telhas, reciclagem de cinzas de termoelétricas em blocos e concretos, aproveitamento da madeira de reflorestamento, reaproveitamento do entulho da construção civil, introdução de resíduos da indústria calçadista na produção de gesso, entre outros.

Em uma pesquisa mais recente, no final de dezembro de 2009, foi descoberto que sobras de sisal viram reforço de fibrocimento. O mérito deve-se a equipe do professor Holmer Savastano Júnior, da faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo (USP), em Pirassununga. Os pesquisadores desenvolveram uma técnica para a obtenção de fibras a partir da sobra rejeitada de sisal que pode gerar renda e aprimorar a cadeia produtiva da planta, que envolve hoje, no país, mas de 700 mil pessoas em atividades diretas e indiretas. As sobras da bucha de sisal, que geralmente são jogadas fora nos processos de fabricação de cordas, podem fornecer uma importante matéria-prima para a indústria de materiais de construção.
Fibrocimento com sisal: O fibrocimento pode entrar na fabricação de telhas, divisórias, suportes de ar-condicionado, caixas d’água e demais estruturas que atualmente utilizariam outros tipos de fibras.
Além do sisal, estão sendo feitos também, estudos com a fibra de bambu como componente do fibrocimento, que também poderá servir de matéria-prima para celulose e papel.

Uma outra pesquisa realizada na Escola de Engenharia de São Carlos da USP, demonstrou as vantagens e a resistência de elementos estruturais feitos com madeira laminada colada e concreto armado. A combinação dos materiais produz vigas com uma menor deformação do que em vigas construídas somente com madeira e que podem ser utilizadas em grandes vãos e em edificações com grande nível de carga. A madeira utilizada é proveniente de florestas cultivadas permitindo assim o uso mais racional da madeira.
O reforço com fibra de vidro aumenta ainda mais a resistência do sistema, diminuem também o nível de tensão encontrado nas laminas permitindo assim, o melhor aproveitamento da madeira.
O engenheiro responsável pela pesquisa, José Luiz Miotto, diz que as vigas mistas podem ser adotadas em qualquer tipo de construção, podendo ser de pequeno ou grande porte, diz também que como a madeira laminada não apresenta limitações de comprimento, pode-se executar vãos de 20, 30 metros sem necessitar de apoios intermediários.

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Recentemente no País de Gales, uma empresa lançou uma casa feita com 18 toneladas de plástico reciclado, é a chamada “Casa Verde”. A companhia Affresol desenvolveu um material batizado de Thermo Poly Rock, feito a partir da transformação de plástico e minerais. As placas do Thermo Poly Rock formam as paredes de sustentação da casa, que pode ser coberta na parte exterior por tijolos ou pedra, e na interior uma camada de isolamento térmico. As telhas também são feitas deste mesmo material reciclado. O tempo estimado de vida útil dessas casas é de 60 anos, porém ela pode ser reciclada novamente no fim do período.
Está sob andamento de processo de aprovação, 19 casas a serem construídas em Methyr, no País de Gales, como parte do projeto piloto da empresa.
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Concreto flexível é capaz de se auto consertar sem a intervenção humana
Desenvolvido na universidade de Michigan (EUA), esse concreto e capaz de se auto consertar apenas com a adição de água e dióxido de carbono (CO2). O auto conserto é possível porque ele foi desenvolvido para dobrar e se quebrar em finíssimas lacunas, equivalentes a metade do diâmetro de um fio de cabelo humano, em vez de se quebrar em pedaços ou criar fissuras grandes, como acontece com os concretos normais.
Segundo o professor Victor Li, o novo concreto poderá tornar as obras mais seguras e mais duráveis. Uma ponte danificada por sobrecarga ou por abalos sísmicos, por exemplo, poderia voltar a operar normalmente em poucos dias. O grande segredo desse concreto é a sua flexibilidade. Testes mostraram que uma peça feito como o novo material pode sofrer um estiramento de até 3% e recuperar integralmente sua resistência – como se esticasse uma ponte de concreto de 100 metros de comprimento (como peça única) até atingir 103 metros, sem que ela quebrasse.
A capacidade de se auto consertar, deve-se ao uso de um cimento extra seco que, quando exposto por uma fissura, reage com água e dióxido de carbono do ambiente para formar uma espécie de cicatriz de carbonato de cálcio.
O novo material é chamado de ECC (Engineered Cement Composite), é mais flexível do que o concreto tradicional e se comporta mais como um metal do que como um vidro. O concreto tradicional é considerado uma cerâmica, sendo rígido e quebradiço, suportando um estiramento máximo de 0,01% antes de se partir. Já o ECC dobra-se sem se quebrar, suportando um estiramento máximo de 5% (a recuperação total dá-se até os 3%). O EEC é reforçado com fibras sintéticas, não estando sujeito a corrosão.

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Casa de bambu é leve, barata e à prova de terremotos
Desenvolvida por um pesquisador chinês, professor da Universidade do Sul da Califórnia, a casa de demonstração não deixa duvidas quanto à resistência do novo material compósito: batizada de “estilo Califórnia”, a casa tem dois pavimentos, 5 quartos, 3 banheiros e 1 lavabo, sala com lareira e garagem para 2 carros, além dos demais aposentos. A área construída total é de 260 metros quadrados.
A técnica de construção é a mesma utilizada nas casas tradicionais de madeira, com a fixação feita por parafusos, grampos e pregos. Segundo o professor Xiao, a estrutura da casa é um marco no uso do bambu na construção moderna, mesmo considerando a milenar tradição chinesa na construção de casas de bambu. Uma das vantagens da casa é a maior resistência a abalos sísmicos. O Dr. Xiao espera que a tecnologia possa ser utilizada na reconstrução das áreas devastadas recentemente pelo terremoto na região de Sichuan.

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Telhado inteligente economiza energia em todas as estações
Um grupo de engenheiros americanos lançou agora o conceito de “telhado inteligente”, capaz de “ler” um termômetro e ajustar suas propriedades de acordo com a temperatura. Fabricado com um material derivado de óleo de cozinha usado, o revestimento muda automaticamente de característica, passando para a reflexão ou para a absorção do calor solar quando a temperatura exterior atinge um valor específico predeterminado, que pode ser ajustado às condições climáticas locais.
Telhados revestidos com o novo material serão capazes de refletir a abrasadora luz do sol do verão, diminuindo os gastos com ar condicionado. Durante o inverno, o material passa a absorver o calor, ajudando a aquecer o interior da residência e diminuindo os gastos com aquecimento. Os testes mostraram que revestir um telhado com a cobertura à base de óleo reciclado pode reduzir a temperatura das telhas de 50 a 80% nos meses mais quentes do ano. Durante o inverno, o revestimento pode aumentar a temperatura do telhado em até 80% em comparação com os telhados tradicionais.

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Tijolo vegetal é feito com “rejeitos” da floresta
Segundo o pesquisador Jadir Rocha, o tijolo vegetal é resultado de um processo de trituração das matérias-primas naturais (ouriço, casca da castanha do Brasil e caroços do coco e do tucumã) que são consideradas como restos florestais, já que não têm serventia depois que suas polpas são consumidas. Ele garante que o artefato pode ser utilizado em qualquer tipo de obra, mas destaca suas características naturais, ressaltando que poderiam ser melhor aproveitadas na região amazônica.
Como se trata de um material isolante térmico natural, ele proporciona um ambiente agradável para as construções feitas em lugares de alta temperatura. Rocha destacou também que para o processo de produção do tijolo vegetal não há necessidade de queima de madeira e conseqüentemente de desmatamento da floresta.
O tijolo é feito com tecnologia limpa, sem a necessidade de desmatamento da floresta, e em sua produção na se utiliza lenha, como é usado na fabricação dos tijolos convencionais que necessitam ir ao forno. Outra vantagem é a rapidez na montagem dos tijolos vegetais, que não precisam de cimento, pois possuem um sistema de encaixe, sendo possível montar uma casa popular de cinco mil tijolos em 8 horas, desde que esteja com vigas, pilares – só faltando elevar as paredes divisórias.

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Tecnologia permite que ponte seja construída em duas semanas
Feita com matérias de construção de ultima geração, métodos de produção industrial e um processo de construção eficiente, é possível construir uma ponte um duas semanas, criação do pesquisador Peter Harryson, da Universidade de Chalmers, na Suécia. O conceito foi batizado de i-bridge, para denotar a construção de uma ponte com inteligência.
Os suportes da i-bridge são formados por vigas em formato de V feitas de fibra de vidro e reforçadas em parte inferior com fibra de carbona. As vigas diretamente com a seção de rolamento da ponte, por onde os carros passam. Essa seção de rolamento é extremamente delgada, graças à utilização de um concreto reforçado por fibras de aço.
Como todos os materiais utilizados são muito duráveis, acredita-se que a i-bridge deverá ter um ciclo de vida muito superior ao de todas as pontes construídas hoje. Harryson calcula que, levando-se em conta tão-somente o custo da construção, o novo tipo de ponte custaria hoje mais que o dobro de um ponte comum. Porém esse quadro mudaria, caso o projeto levasse em conta o menor tempo de construção, o menor impacto ambiental e a maior vida útil esperada da nova ponte.